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Síndrome fúngica (além da candidíase): Você pode ter e não saber



Somos hospedeiros de inúmeros microorganismos, dentre eles os fungos. Eles habitam em nossos intestinos e na vagina, em sua grande maioria.


E não há problema nisso. O problema é quando existe uma multiplicação exacerbada desses microorganismos, que podem causar sintomas que podem variar com o tempo aleatoriamente, em diversos órgãos, de forma individual e com intensidades diferentes.


Em um organismo saudável, existe um equilíbrio entres as boas bactérias e as patogênicas e os fungos. Esse desequilíbrio gera um processo chamado disbiose intestinal, pois ocorre no intestino.

O processo que leva a uma proliferação exacerbada dos fungos acontece depois que o equilíbrio da microbiota intestinal foi alterado, associado a uma predisposição individual.


O sintoma mais claro que temos é a candidíase, que atinge muitas mulheres, mas você pode ter excesso de fungos sem desenvolver uma candidíase.



Quais sintomas podem indicar uma possível proliferação de fungos?


Os sintomas se manifestam em diversas áreas do organismo, como:


Sistema digestivo: flatulência, distenção abdominal, constipação, diarréia ( ou alternância entre os dois), azia, coceira na garganta, aftas, sapinho, náuseas, vômitos, boca seca.

Sistema nervoso: enxaqueca, fadiga anormal, obsessão, ansiedade, mudança de humor, sonolência, compulsividade, falta de saciedade, fome noturna, falha na memória, comportamento agressivo, distúrbio de concentração ou aprendizado, depressão e insônia,

Autismo, hiperatividade, distúrbio de concentração e aprendizado e depressão bipolar podem ser manifestações de crescimento fúngico.


Pele: urticária, psoríase, eczemas, coceiras, escamação, dermatite, dermatite seborréica


Trato geniturinário: cistite, urgência urinária, infecções urinárias frequentes, candidíase vaginal de repetição, alterações no ciclo menstrual, síndrome pré-menstrual com sintomas como depressão, alteração do humor, inchaço, retenção hídrica, cólica, desejos por doces e dor de cabeça. Em homens, problemas como coceira retal ou anal, prostatites recorrentes, impotência, erupções cutâneas, diminuição da libido, escamação e vermelhidão na virilha.


Outros sistemas: Bronquite asmática, boca seca, pigarros, fibromialgia, edemas, artrite reumatóide, lúpus, imunodepressão e processos alérgicos.


Não estou dizendo que todas as pessoas que tem esses sintomas tem a síndrome fúngica.

Mas esses sintomas, especialmente quando são frequentes e sem causa aparente, podem vir da disbiose, que precede a síndrome fúngica.


Fica muito clara a proliferação dos fungos na candidíase e micoses, mas eles podem sim, estar proliferados sem manifestar esses sintomas óbvios, como os citados acima.


Na nutrição funcional, o intestino é um órgão muito importante, não apenas pelo citado acima, mas também porque é nele que iremos absorver os nutrientes e produzir algumas substâncias importantes.


Pois bem, e o que fazer ?


Alimentação


A alimentação é fundamental, tanto no tratamento quanto na prevenção . Os fungos se alimentam e se proliferam principalmente de açúcar , lactose, proteínas de difícil digestão como do leite, da soja, do trigo, do centeio e da cevada. . Algumas pessoas tem também sensibilidade aos cítricos ( laranja, limão, mexerica, laranja lima), álcool e a arabinose da maçã.


Alimentos que contenham fungos , principalmente devido as condições de armazenamento, como as oleaginosas ( principalmente o amendoim), frutas secas, azeitona, produtos em conserva, levedo de cerveja e alimentos prontos que ficam muito tempo na geladeira.


Além disso, melhorar a saúde intestinal com o uso de probióticos e prebióticos, diminuir ou eliminar o consumo de alimentos ultraprocessados, controlar o estresse modular o sistema imunológico e tratar as alergias individuais ( caso haja)




Outra dica é o consumo de óleo de coco e óleo de orégano, ou mesmo o coco e o orégano. Inclui-los no dia a dia é ótimo para a prevenção e aumentar o consumo no tratamento.


Essa síndrome começou a ser falada após o livro da nutricionista Denise Carreiro, com o mesmo título e foi deste que busquei as informações deste artigo.


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