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Fome: saiba identificar os diferentes tipos.

Atualizado: 19 de out. de 2021

Geralmente sentimos fome quando os índices de glicêmicos começam a baixar e temos assim, uma queda de energia. É um processo fisiológico e traz sensações físicas para que a pessoa busque algum alimento, afinal, comer é vital: sem comida, morreríamos. Sensações no estômago, na cabeça e até mesmo no nosso humor indicam que já é a hora de fazer a próxima refeição. Mas será que você está atento aos sinais que ela envia?


Os sinais fisiológicos da fome são mais fáceis de serem detectados , mas também comemos por outros motivos e temos fomes diferentes. É muito comum comermos emocionalmente, socialmente ou por vontade de algo específico e a fome nesses casos, não é fisiológica.


Às vezes temos uma vontadezinha, vontade ou vontadezona de comer algo, geralmente

específico. Vontade de um bolo, de uma preparação específica. Está muito relacionada ao prazer de comer, de sentir o gosto da comida ou mesmo de acessar alguma memória prazerosa da infância.


Outras vezes o comer está relacionado a uma situação social. Um churrasco, uma festa, um evento. Nesses casos, o alimento está disponível (geralmente em grande quantidade) e podemos comer automaticamente, apenas porque está lá. Mas também podemos comer por alguma ansiedade ou insegurança. Assim, podemos não perceber a saciedade quando ela chega, por estarmos desatentos ao corpo e muito voltados aos acontecimentos externos. Ou apenas porque a comida é diferente e gostosa e podemos exagerar no comer.


O comer emocional está ligado a alguma emoção e geralmente não traz muita satisfação, pois a emoção que desencadeou o comer não pode ser resolvida com a comida. Então a pessoa fica sempre buscando algo para comer, para preencher aquele vazio sentido que na maioria das vezes ela não o que é. Não precisa ser um sentimento ruim como tristeza, ou uma sensação de ansiedade, angustia. As vezes a pessoa come porque está feliz. O comer emocional pode desencadear um descontrole seguido de compulsão alimentar. Pode ter a sensação de certa urgência de comer, de sair para comprar algo, mesmo sem fome nenhuma.


Não é possível termos apenas a fome fisiológica, pois somos seres humanos e muitas coisas influenciam nossos hábitos. Mas isso não significa que devamos sucumbir a todos os tipos de fome sem antes tentar entende-la. É preciso entender por que se come exageradamente em situações sociais, ou quando em uma melancolia ou ansiedade. Investigar o que está por trás disso e tentar voltar as sensações do corpo e da mente, sempre relacionando essas sensações.



Assim, nos libertamos do comer inconsciente e caminhamos para a consciência, para a

presença, para a intuição.Quando temos mentalidade de dieta e controle ou restrição alimentar, podemos encarar a fome como algo ruim. Pessoas que pensam obsessivamente em emagrecimento costumam entender a fome como algo ruim, e assim podem não ter uma boa relação com ela.


Quando não nos relacionamos bem com a fome, tendemos a deixa-la passar e começamos a ficar desconectados com o corpo. É muito comum o desenvolvimento de descontrole alimentar e de compulsões após períodos de restrições.

Uma boa maneira de avaliarmos essas emoções e comportamentos relacionadas a fome, é escrevendo. Fazendo um diário alimentar, anotando o que foi comido, o que foi sentido antes e depois e fazendo associações. Se o comer emocional é uma questão para você, fazer o diário pode ajudar bastante. E saber ouvir o corpo também.


Perceber as sensações fisiológicas de fome requer uma escuta fina que vale a pena.

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