Mente e emagrecimento: quais pensamentos devemos evitar
- Soraya Costa
- 7 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de jan. de 2022

Você já deve ter ouvido falar que a mente influencia no processo de emagrecimento, sendo a mentalidade mais pertinente do que a própria dieta, não é mesmo?
Ouvimos coisas como "mente magra" , "mente gorda" e entendemos que ter uma "mente gorda" nos prejudicaria e uma "mente magra" nos ajudaria a emagrecer
Mas o que seria ter uma "mente gorda", afinal? Seria ter pensamentos constantes sobre comida? Sobre doces, fast foods?
Esse é o dito popular!
Mas estou aqui para te dizer que é o exato oposto: que ter pensamentos constantes sobre dieta pode atrapalhar seu processo de emagrecimento, piorar sua relação com a comida e com você mesma e provavelmente vai te fazer viver o famoso efeito sanfona.
Eu estou falando da mentalidade de dieta - no dito popular ela promove o emagrecimento, mas na prática não.
Isso porque quando fazemos dietas restritivas colocamos o foco em alimentos proibidos, no controle sobre as vontades e isso está mais do que comprovado que aumenta a fissura pelos alimentos proibidos (nem que seja a longo prazo, com o efeito rebote). A mentalidade de dieta tira a autonomia alimentar da pessoa e a faz ficar presa em regras alimentares rígidas, que podem inclusive desencadear um episódio de compulsão alimentar e até mesmo um transtorno alimentar.
Para você entender melhor sobre o que estou falando, deixarei um questionário que foi retirado do livro "Em paz com a comida" de Nathalia Petry e Lydiane Bragunci.
Esse questionário te direciona ao entendimento da mentalidade de dieta.
Minha sugestão é que você trabalhe essas questões com um profissional capacitado em comportamento alimentar.
O trabalho com foco na nutrição comportamental
Você deve ter percebido que muitas dessas afirmaçãos são consideradas corretas, como:
Como porque está na hora de comer
Como a cada 3 horas
Sigo regras
Sinto culpa por comer algo fora do planejado
Todas as questões da tabela indicam que você está desconectada do corpo, dos sinais internos de fome e de saciedade. Também indicam um comer emocional, quando comemos para apaziguar uma situação mal resolvida. Em suma, que não é você que está no comando (apesar de parecer ser).
O trabalho é voltar a ouvir esses sinais, a sentir o corpo, trabalhar as crenças negativas, os medos, aprofundar as questões emocionais relacionadas ao comer e aos poucos ser capaz de estar no comando novamente. Mas não como uma forma de controle.

Você no comando significa que você tem liberdade e paz para fazer suas escolhas alimentares, e essa boa relação com a comida conduz escolhas mais equilibradas, diminui a fissura por determinados tipos de alimentos (os "proibidos"), promove melhor aceitação e satisfação corporal e melhora a saúde como um todo.
Soraya Costa
Nutricionista Comportamental e Psicanalista
CRN 20926




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